Práticas de Leitura: Severa 1820
29 Março
29 março
quarta 18h30
Sala Manuela Porto
Duração 2h
PAULO LIMA é antropólogo. Trabalha sobre património cultural, olhando este como espaço de intervenção política e ética.
AUGUSTO BRÁZIO é fotógrafo documental, do retrato à reportagem, dividindo a sua atividade entre a imprensa e os seus projetos ensaísticos.
JOSÉ MOÇAS é especialista no estudo, recuperação e edição de fontes históricas de música.
Maria Severa Onofriana nasceu um mês antes da Revolução de 1820 e dois anos antes da primeira Constituição Portuguesa. Aí se consagraram os direitos de liberdade de pensamento e de igualdade. Deixámos de ser súbditos para ser cidadãos.
O livro recentemente editado Severa 1820 reúne mais de uma dezena de contributos que incidem sobre os três momentos fundacionais do fado como canção de Lisboa: o seu nascimento, em 1820; a estreia da peça A Severa, de Júlio Dantas, em 1901; a inscrição do Fado na lista representativa do património cultural imaterial da Unesco, em 2011. A pretexto da publicação de Severa 1820 conversa-se sobre passado presente e o património imaterial, a herança africana de Lisboa, o fado, a cidade de hoje e a imagem que dela se tem.
O livro parte de um ensaio fotográfico de Augusto Brázio, onde se atualiza a paisagem de exclusão onde nasceu, viveu e morreu Maria Severa Onofriana. Uma biografia marcada pelos limites da cidade.