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25 - 29 Janeiro
Rogério Nuno Costa

MULTIVERSIDADE

AdF.22 – Materializar os Impossíveis
Artes Performativas
Atos de Fala

25 - 29 Janeiro

Exibição: de 25 de janeiro (21h) a 29 de janeiro (21h).

Conferências-performance

Disponível no vimeo do TBA e em www.atosdefala.com.br

Artes Performativas
Atos de Fala Programa Digital
Canal YouTube
Duração 60min

Texto, performance e edição: Rogério Nuno Costa
Sound art e Design gráfico: Jani Nummela

MULTIVERSIDDE é um projeto cofinanciado pelos programas Aalto Arts, Department of Art Grants (Aalto University, Finlândia), Reclamar Tempo (Teatro Municipal do Porto) e Garantir Cultura/Fundo de Fomento Cultural (Portugal).
Residências: Kallio Stage (Helsínquia, 2020) e CAMPUS Paulo Cunha e Silva (Porto, 2021). Apoio: Rua das Gaivotas 6 (Lisboa). Laboratórios: ArtEZ University of the Arts (Arnhem), Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde, E-motional | Re-Thinking Dance (Bucareste), Arthouse/Aalto University (Espoo), Porta33 (Funchal), Creative Commons Global Summit (Toronto), Núcleo de Investigação em Estudos Performativos da Universidade do Minho (Guimarães), Centro em Movimento (Lisboa).
Apoio à produção: Ballet Contemporâneo do Norte | Artista Associado (Sta. Maria da Feira).

O projeto global será concluído em 2023 com uma publicação retrospectiva e a edificação física de uma “multiversidade” (precária, temporária e peripatética) nas cidades do Porto e Helsínquia.

Desde 2011, Atos de Fala tem-se afirmado como uma plataforma experimental devotada ao desenvolvimento do formato conferência-performance e das suas diferentes relações entre corpo, matéria e texto. Nesta edição, AdF realiza sua programação num formado online, selecionando a programação a partir de uma open call que decorreu em novembro 2021 e que incidiu especialmente na região ibero-americana. AdF.22 – Materializar os Impossíveis acontece numa parceria que liga o Teatro Bairro Alto a Santiago do Chile (NAVE) e ao Rio de Janeiro (Centro Coreográfico). Durante este período, as conferências-performance selecionadas serão apresentadas online.

Apoio: IBERESCENA, Goethe Institut – Rio de Janeiro e FAPERJ

multi-/ über-/ pluri-/ para-/
proto-/ avant-/ meta-/ a-/ trans-/ supra-/ infra-/ alter-/
sub-/ versity

 

Manifesto colaborativo escrito no contexto do programa Visual Cultures, Curating & Contemporary Art (Context, Site & Situation, Aalto University School of Arts, Design and Architecture, Finlândia), em Novembro de 2016, a partir de várias proto-versões produzidas no Circular Festival de Artes Performativas de Vila do Conde (The Curator’s School, 2008); ArtEZ University of the Arts, Arnhem (University: Dogma, 2009); Atelier Real, Lisboa (Big Curator Is Watching You! / Restos, Rastos & Traços, 2010); Circular Festival de Artes Performativas de Vila do Conde (Terceira Via / Cuidados Intensivos, 2013); e ODD Gallery + Modulab, Bucareste (University: meta-academy, E-Motional | Re-thinking Dance, 2015). Reescrito, ampliado, corrigido e rasurado nos laboratórios experimentais: Copywrong: performance-as-tool (Future Places, Porto 2017 + Creative Commons Global Summit, Toronto 2018); A Academia Enquanto Performance (Porta33, Funchal 2017 + Centro em Movimento, Lisboa 2020); Whose History Is It Anyway? (Aalto University’s Learning Centre, Espoo 2018); UNFINISHED Summer School (Armazém 22, Vila Nova de Gaia 2018-19); Multiversidade (mala voadora, Núcleo de Investigação em Estudos Performativos da Universidade do Minho, Porto 2019); e Multiversidade (Reclamar Tempo) (CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Porto 2021).

 

/
University should be universal. Again.

//
University doesn’t refer to anything but itself. It is a self-referential university. University is only interested in what is, almost never in what shall be, sometimes it is interested in what will be, and even more in what might have been. University is about university.

///
University is neither physical nor virtual. It is a state of mind, embodied in a universal consciousness. The place where University takes place is the university. And University is everywhere.

/<
As a non-place at the same time concave and convex, University thus becomes not the place where we are, but the point where we put ourselves in position. And that non-place is always a crime scene, the breeding ground for the creation of ideology.

<
University is a system. A hyper-surveilled one. We always see, and we are always seen. University is a prison without walls.

</
University doesn’t want to describe the World. University is the World. A laboratory to test Pop as the ultimate cultural appropriation.

<//
“Intensive” and “extensive” are doppelgängers. If we were talking about pop music, then University would be the extended version, never the radio edit.

<///
University is fictional. And real. Or it is fictional, because it is real. Or the other way around.

/x
University makes the “artistic practice” its research field, but always as a dilettante, loving and hating at the same time, facing the dominant culture, challenging perception and convention, demystifying authority. University doesn’t make art; instead, it looks at it.

x
In University, there are no teachers or students. Everybody is a participant watcher observing University from the outside, despite being inside. Participant watchers [aka nerds] motivated by the same obsession that drives a collector to action, the one doing everything to get the stamp missing in the collection (a stamp that probably doesn’t exist).

x/
University is unaccessible. Because everybody is already there.

x//
And by “there” we mean all possible places in all possible worlds, known and unknown. University is a MULTIVERSITY.

x///
University unfolds a diffuse identity, embracing a plurality of unpaired identities that join other unpaired identities to build together a universal, genderless community. Limitless, borderless, endless.

x/<
University is a queer university.

x<
It is a proposal for a global queer citizenship.

 

x</
University is also viral: over-portable, over-shareable and over-spreadable. It’s an algorithm. Moreover, University is only possible in “theory”. That is, University is possible.

x<//
University should be and has to be global, an overly interactive platform for the sharing of intangibles, that is, a “cloud university”.

x<///
The outcomes it will produce are as much useful as far as they can be disseminated in some sort of augmented reality. A Pop University, or a university where Pop, in its more holistic assumption, is the only subject matter.

x/x
University doesn’t have a beginning nor does it have an end. It is permanently present. It expands. Just like the universe, University is mathematically timeless. However, there are not unquestionable truths. University doesn’t seek the Truth, University creates the Truth.

xx
That is: University is the reflected image of a university, of itself, on a black mirror. But then again: University is not about, University is.

xx/
University is a meta-university.

xx//
University is not original. It always existed and it will always exist.

xx///
Assigning meaning to the very first ideas, sketches, drafts, introductory information, and elements at stake, University will always be driven by the post-modernist question par excellence: what is left to say, when everything has already been said?

xx/<
University should be “universal”. Again.

Mais: www.multiversity.pt

 

 

Perguntas e comentários para o candidato Rogério Nuno Costa (enquanto arguente na sua defesa de tese):

por Susana Mendes Silva

Texto escrito para o “Disseminário”, publicado no website da Rua das Gaivotas 6

1.
Lê-se na sinopse que Multiversity é a “defesa de uma tese para a especulação (futura) de uma universidade queer, ou uma multiversidade”. Mas, na verdade nunca ninguém defendeu uma tese construída com notas de rodapé enquanto corpo central . Como que tornaste a periferia e os interstícios em centro. É uma operação duchampiana? Ou melhor — já que estamos multiversamos — é uma operação Freytag-Loringhoveniana, Rogério?

2.
Para mim, a tua dissertação é uma tese-não-tese; é uma tese-notas; é simultaneamente uma tese-falecida, uma tese-em-acção, uma tese-em- devir e uma tese-futuro; é também uma queer-tese-queer, uma tese-turtorial; uma tese-vida; uma tese-vírus; uma tese-vacina e uma tese- tese. Uma tese é o que, depois do nãos, nos deixam fazer ou é tudo o que, apesar de tudo, conseguimos fazer com ela? É uma vítima ou é como alguém que abre espaço pelo meio de um autocarro cheio em hora de ponta?

3.
Na sala, sentaste-te numa secretária de costas para nós. Nessa mesa tens o laptop aberto e em frente um écran de projecção. Quem somos nós, então, neste espaço? Quem se senta atrás do candidato numa defesa?

4.
Para mim não há nada melhor do que alguém fazer-nos pensar onde estamos, como estamos, e o que estamos a fazer. A Multiversidade obriga-nos a reflectir, por exemplo, sobre que lugar é uma universidade (ainda não-queer); que espaço têm realmente as pessoas — de todos os géneros e defendendo um modelo de sociedade igualitária onde não pode haver lugar para o colonialismo ou para a falocracia — nesta instituição; mas também como é que as/os artistas podem fazer da sua prática um modelo de investigação sem serem trucidadas/os no processo. Ao fim ao cabo abriste tantas janelas, mas continuamos com falta de ar, não te parece?

5.
A Multiversidade é conhecimento em acção e a Universidade é saber morto (cfr. Paul B. Preciado)?

6.
Como diria a Cláudia Jardim, no Clube Espectador , porque é que insistimos na academia? Em estudar lá, em dar aulas lá, em produzir conhecimento lá?

Aliás, tu próprio afirmas na nota 2:

Não sei nada sobre as origens da minha indisciplina. Estou sempre a repetir as mesmas coisas, e sempre que o faço, as mesmas coisas perdem cada vez mais sentido. Tornam-se anedóticas e vazias…

7.
Será a Escola da Vida (ver nota 33) a vacina para o vírus da Multiversidade?

8.
Relativamente à nota 34 afirmas que “Na Multiversidade não se entra, sai-se. Somos todos poetas. E o poeta é um fugi’dor. Foge tão verdadeiramente, que chega a fugir da fuga, a fuga que deveras sente.”

Mas ao contrário do que se poderá pensar nem sempre é fácil sair de uma universidade. Ainda há vagas (para sair) ou é mesmo preciso ser poeta?

 

Texto, Performance & Edição: Rogério Nuno Costa
Sound Art & Design Gráfico: Jani Nummela

Projeto cofinanciado pelos programas Aalto Arts, Department of Art Grants (Aalto University, Finlândia), Reclamar Tempo (Teatro Municipal do Porto) e Garantir Cultura/Fundo de Fomento Cultural (Portugal).

Residências: Kallio Stage (Helsínquia, 2020) e CAMPUS Paulo Cunha e Silva (Porto, 2021). Apoio: Rua das Gaivotas 6 (Lisboa).

Laboratórios: ArtEZ University of the Arts (Arnhem), Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde, E-motional | Re-Thinking Dance (Bucareste), Arthouse/Aalto University (Espoo), Porta33 (Funchal), Creative Commons Global Summit (Toronto), Núcleo de Investigação em Estudos Performativos da Universidade do Minho (Guimarães), Centro em Movimento (Lisboa).

Apoio à produção: Ballet Contemporâneo do Norte | Artista Associado (Sta. Maria da Feira).

O projeto global será concluído em 2023 com uma publicação retrospectiva e a edificação física de uma “multiversidade” (precária, temporária e peripatética) nas cidades do Porto e Helsínquia.

MULTIVERSIDADE propõe a produção e apresentação de um discurso especulativo e “pós-ficcional” que ambiciona a previsão do futuro da Universidade através do exercício queer da falha, enquanto dispositivo de resistência (anti-corporativa/capitalista e anti-heteronormativa) aos atuais modelos hegemônicos de produção de conhecimento.

Apresentada provisoriamente na Rua das Gaivotas 6 em maio de 2021, a palestra-performance constrói-se a partir da teatralização de uma comunicação científica “light”, na senda de uma TED talk de inspiração motivacional para ser difundida acriticamente nas redes sociais, confrontando o status quo da pós-verdade, da massificação e da hiper-especialização. A defesa de uma tese (enquanto performance) estruturada em torno de várias teorias científicas, pseudo-científicas, para-científicas e anti-científicas que efabulam alternativas utópicas aos modelos educacionais ultra-liberais, confrontando-os com a possibilidade de uma “universidade de múltiplos”, uma meta-universidade, ou uma multiversidade.

O projeto consubstancia um dos resultados práticos da bolsa de investigação “Reclamar Tempo” que foi atribuída em 2020 pelo Teatro Municipal do Porto, fazendo a súmula de um conjunto de contribuições e colaborações acumuladas em processos de trabalho experimentais/laboratoriais.

 

 

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