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07 Maio
Miguel Vale de Almeida, Maria Paula Meneses, Noa K. Ha

Memorializar e descolonizar a cidade (pós)colonial – 3.º Encontro

Discurso
Programa Digital

07 Maio

sexta 18h

Em português e alemão com tradução simultânea na sala Zoom
Streaming disponível no próprio dia em re-mapping.eu, teatrodobairroalto.pt e nas redes sociais
Duração: 2h

Discurso
Programa Digital
Preço Entrada livre
Sala Zoom do TBA
Duração 2h

Curadoria: Goethe-Institut e Marta Lança
Imagem: Francisco Vidal / Goethe-Institut

Maria Paula Meneses. Antropóloga moçambicana, doutorada pela Universidade de Rutgers (EUA). Até 2003, foi professora da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), sendo atualmente investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. De entre os temas que tem vindo a trabalhar destacam-se os processos identitários, as fracturas coloniais e a questão pós-colonial. Publicações recentes: Law and Justice in a Multicultural Society: the case of Mozambique (Dakar, Codesria, 2006, em colaboração com Boaventura de Sousa Santos e João Carlos Trindade). Publicou recentemente  (2019), Os Saberes Feiticeiros em Moçambique: Realidades materiais, experiências espirituais. (Coimbra: Almedina) e Mozambique on the Move. Challenges and Reflections (com Sheila Khan e Bjorn Bertelsen, 2018).

Noa K. Ha  (Alemanha, 1974). Ensinou e orientou investigação em Universidades de Berlim e Dresden. Atualmente é diretora científica interna no Centro Alemão de Integração e Investigação Migratória – DeZIM. O seu trabalho centra-se nos estudos urbanos pós-coloniais, na política de memória migrante-diaspórica, nos estudos críticos da integração e na crítica do racismo. Após estudar planeamento paisagístico na Universidade Técnica de Berlim, concluiu um doutoramento em arquitetura sobre informalidade e racismo utilizando o exemplo do comércio de rua em Berlim. Dirigiu o Centro de Estudos de Integração na Universidade Técnica de Dresden até julho de 2020. Fez parte da direção do Conselho das Migrações de Berlim e esteve envolvida em várias iniciativas pós-coloniais. Em 2012, coorganizou a conferência Decolonize the City! na Fundação Rosa Luxemburgo.

Miguel Vale de Almeida. Doutorado em Antropologia, é professor catedrático no ISCTE-IUL e investigador do CRIA, onde dirigiu, até 2015, a revista Etnográfica. A sua pesquisa – com trabalho de campo em Portugal, Brasil, Espanha e Israel/Palestina – tem versado questões de género e sexualidade, bem como etnicidade, “raça” e pós-colonialismo. Tem vários livros publicados em Portugal e no estrangeiro, destacando-se Senhores de Si: Uma Interpretação Antropológica da Masculinidade, Um Mar da Cor da Terra: ‘Raça’, Cultura e Política da Identidade, Outros Destinos: Ensaios de Antropologia e Cidadania, A Chave do Armário. Homossexualidade, casamento, família, sendo o mais recente Aliyah. Estado e Subjetividade entre Judeus Brasileiros em Israel/Palestina. Além de cronista, escritor e blogger, tem sido ativista dos direitos LGBT e foi eleito Deputado à Assembleia da República em 2009, tendo estado envolvido na aprovação do casamento igualitário.

Moderação de Marta Lança

Para o TBA, esta iniciativa continua e prolonga uma série de reflexões sobre a cidade materialmente entendida enquanto espaço comum, terreno em conflito, lugar onde se encontram em tensão ideias de desenvolvimento e formas de vida.  Nisso, ela continua e amplifica a discussão sobre logística global (atendendo ao duplo movimento das coisas e dos trabalhadores) ocorrida em janeiro aquando das lições de Sandro Mezzadra, a série de três conversas sobre representações fotográficas da cidade (e dos seus habitantes), organizadas por Catarina Botelho e David Guéniot, ou a interrogação da arquitetura enquanto materialização de relações de poder como abordada pelos Stones Against Diamonds. Prolonga igualmente as várias conversas sobre o território que vimos acolhendo e contribuindo para que ocorram, esperando com isso potenciar um debate mais participado e informado sobre os modos como vivemos e poderíamos viver. E prende-se com uma série de outras iniciativas e espetáculos, como o conjunto de propostas com que antecipamos a nossa abertura no (Quase) TBA, o espetáculo Super Night Shot dos Gob Squad com que continuámos a abertura do Teatro ou a encenação de A Nossa Cidade por três jovens coletivos lisboetas. E tem, claro, ressonâncias concretas e imediatas no concerto Ritmos de Xperança por Mynda Guevara / DJ Firmeza / João Grilo. Trata-se de reparar nos lugares onde vivemos, discutindo-os, habitando-os e alterando-os com o nosso habitar, e imaginando-os outros. O que para nós é indistinguível de uma noção de cidade, ou não fossemos um teatro municipal.

NOVO ACESSO Clique aqui para entrar na sala Zoom: https://zoom.us/j/98877353140

 

Por ocasião do lançamento do projeto ReMapping Memories Lisboa – Hamburg: Lugares de Memória (Pós)Coloniais, organizado pelo Goethe-Institut, tem lugar uma série de discussões abertas sobre a cidade nos dias 5, 6 e 7 maio. O TBA acolhe as apresentações dos dias 5 e 7 maio na sua Sala Zoom. Consultem o website do Goethe-Institut para saber mais sobre o programa de 6 maio. Serão debatidos temas como as marcas da colonialidade na cidade e nos corpos de quem a habita, a luta anticolonial e a inscrição africana e afrodescendente no espaço metropolitano e, de modo mais global, políticas, abordagens e desafios do processo de “descolonização” nas cidades europeias. Os debates contarão com as intervenções de Isabel Castro Henriques, Mamadou Ba, António Brito Guterres, Maria Paula Meneses, Miguel Vale de Almeida e Noa K. Ha.

 

 

Miguel Vale de Almeida – Como abanar estátuas?

As posições antagónicas criadas pelo debate em torno dos objetos e símbolos de “memória” e “História” (sobretudo colonial) no espaço público, levarão certamente à necessidade de formas de intervenção que permitam ultrapassar as meras posições de princípio, as charneiras discursivas, e passar à ação e experimentação. Sendo os contributos dos historiadores fundamentais, que contributo pode dar a experiência das práticas e reflexões antropológicas? Propõe-se um brainstorming de propostas em torno de maneiras de contextualizarhibridizarinterpelarcolaborar e performar sobre e em torno desses símbolos, incluindo a diversificação do que se entende serem esses símbolos,  para lá dos objetos estatuários ou monumentais.”

 

Maria Paula Meneses – Lisboa: histórias ocultas e linhas contínuas 

Silenciar e esquecer são verbos que cruelmente revelam como se constrói a história. As ruas e casas de Lisboa falam-nos ainda em surdina de uma riqueza de trajetórias vividas aqui por africanos e africanas. Reconhecer estas histórias é condição para a democratização da sociedade portuguesa.

 

Noa K. Ha – Possibilidades e limites da descolonização nas cidades europeias.

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