Lento e Largo
08 - 10 Setembro
8 a 10 setembro
quarta a sexta 19h30
Em inglês com legendagem em português.
Também de Jonas&Lander, poderá ver-se no Centro Cultural de Belém, a 2 e 3 de setembro, a peça Bate Fado.
Classificação Etária:
M/6Direção artística e coreografia Jonas&Lander
Interpretação Filipe Metelo, Francisca Pinto, Joana Mário, Jonas Lopes, Lander Patrick, Lewis Seivwright e Mathilde Bonicel
Cenografia e adereços Rita Torrão
Figurinos Jonas
Maquilhagem Filipa Vieira da Silva
Cenografia e desenho de luz Rui Daniel
Sonoplastia Lander Patrick
Direção técnica e operação de luz Rui Daniel
Robótica Joana Mário e Filipe Metelo
Direção de Produção Patrícia Soares
Produção executiva Inês Le Gué
Difusão nacional Produção d’Fusão
Produção Sinistra Associação Cultural
Coprodução Rede 5 Sentidos (Centro Cultural Vila Flor, Centro de Artes de Ovar, O Espaço do Tempo, Teatro Académico Gil Vicente, Teatro Micaelense, Teatro Municipal da Guarda, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Teatro Nacional São João, Teatro Virgínia, Teatro Viriato), Teatro Freiburg e Teatro do Bairro Alto
Apoio a residências artísticas Rede 5 Sentidos, Arts Printing House, Estúdios Victor Cordón, Fabrik Potsdam e Município de Montemor-o-Novo
Apoio Polo das Gaivotas | Câmara Municipal de Lisboa
Projeto inserido no Programa de Convite à Criação Artística Nacional da Rede 5 Sentidos
Projeto apoiado pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Fotografia Tiago Coelho
Jonas&Lander, dupla de coreógrafos portugueses, têm contribuído para o imaginário um do outro desde 2011 quando iniciam a sua colaboração. Destacam-se com Cascas d’Ovo, obra que os levou a vários palcos nacionais e internacionais. Desde então, até 2017, criam e apresentam também Matilda Carlota, Arrastão e Adorabilis. Foram distinguidos como “Aerowaves Priority Company” em 2014 e 2017. Em 2019, estreiam Lento e Largo, espetáculo coproduzido pela Rede 5 Sentidos, Teatro do Bairro Alto e Teatro Freiburg (AL), nomeado pela SPA para a categoria de Melhor Coreografia de 2019, e Coin Operated, em coprodução com a BoCA – Biennial of Contemporary Arts. Em 2021, Jonas&Lander propõem-se a resgatar as danças perdidas do Fado, num espetáculo híbrido entre a música e a dança, Bate Fado, acompanhado por uma exposição sobre a investigação que precedeu o período de criação, Gabinete de Curiosidades.
Condições de acesso
• À entrada do Teatro, será medida a temperatura sem registo, enquanto a medida for recomendada pelas autoridades de saúde.
• É obrigatório o uso de máscara dentro do edifício antes, durante e depois das sessões.
• Desinfete as mãos e adote as medidas de etiqueta respiratória.
• Mantenha uma distância de segurança de 2 metros e evite o aglomerar de pessoas.
• Traga o seu bilhete de casa ou, caso tenha mesmo de comprar o bilhete na bilheteira, escolha o pagamento contactless por cartão de débito ou MBway.
• Coloque as máscaras e outros equipamentos de proteção descartáveis nos caixotes de lixo indicados.
• Nas entradas e saídas, siga as recomendações da equipa do TBA.
• Devido às indicações da Direção-Geral de Saúde, não é possível entrar na sala após o início da sessão ou alterar o seu lugar após indicação do mesmo pela Frente de Sala.
Ao longo dos anos de colaboração, Jonas&Lander têm vindo a aprimorar as suas ferramentas de criação e elementos cénicos que são repensados e metamorfoseados de projeto para projeto. De forma acidental têm mergulhado em muitas práticas de criação que foram largamente manuseadas e documentadas pelo Surrealismo. Utilizando mecanismos desta corrente, em Lento e Largo Jonas&Lander desprendem o objeto artístico da lógica libertando o espetador da exigência utilitária, desconstroem pequenas narrativas do quotidiano, afloram a fricção entre lógica e contra-lógica com a pulverização de pequenas doses de humor quase negro e subvertem ainda o papel do performer e com a utilização de figuras robóticas como parte integrante do elenco da peça.
Tendo como “farol” o tríptico intitulado Jardim das Delícias Terrenas da autoria de Hieronymus Bosch, é reproduzida em cena uma paisagem habitada por seres híbridos em constante metamorfose, um terreno ficcional com relevos, caminhos e corta-matos dramatúrgicos que aproxima realidades contrastantes dando origem a uma poética da alucinação. É desdobrado o papel do performer humano e performer máquina em cena onde o humano e o animal vão oscilando na fisicalidade, expressão e voz dos intérpretes.
Um humanoide assume o papel de anfitrião do espetáculo conduzindo a escorregadia dramaturgia, um anfitrião que questiona, ordena e interrompe, sugerindo múltiplas reflexões e ações que vão alterando o rumo da performance.
Lento e Largo reforça o valor da ficção enquanto força ampliadora do pensamento, identificando a lógica e a normatividade entre as principais molduras do pensamento ocidental.
Em Lento e Largo, Jonas&Lander bebem da obra do pintor Hieronymus Bosch para desenhar um espaço cénico onde performers robóticos e humanos coexistem num apocalipse visual. No interior desta paisagem, os dois tipos de entidades socializam, dançam, ordenam e obedecem, de igual para igual, num encontro onde se vão trocando papéis e explorando os limites e particularidades de cada organismo. Numa atmosfera impregnada de melancólica sonoplastia, o resultado é um universo do absurdo povoado por criaturas híbridas, onde a dança entre vida e morte desliza num terreno escorregadio.
Lento e Largo foi considerado pelo jornal Expresso e pelo jornal Público um dos espetáculos do ano de 2019.