HISTÓRIAS DO EXPERIMENTAL: “O Outro Teatro”: teatro experimental em Portugal
27 Março
sábado 27 março 15h
Sala Principal
Duração 2h
Imagem António Macedo
Condições de acesso
• À entrada do Teatro, será medida a temperatura sem registo, enquanto a medida for recomendada pelas autoridades de saúde.
• Tanto no TBA como no c.e.m., é obrigatório o uso de máscara dentro do edifício antes, durante e depois das sessões.
• Desinfete as mãos e adote as medidas de etiqueta respiratória.
• Mantenha uma distância de segurança de 2 metros e evite o aglomerar de pessoas.
• Traga o seu bilhete de casa ou, caso tenha mesmo de comprar o bilhete na bilheteira, escolha o pagamento contactless por cartão de débito ou MBway.
• Coloque as máscaras e outros equipamentos de proteção descartáveis nos caixotes de lixo indicados.
• Nas entradas e saídas, siga as recomendações da equipa do TBA.
• Devido às indicações da Direção-Geral de Saúde, não é possível entrar na sala após o início da sessão ou alterar o seu lugar após indicação do mesmo pela Frente de Sala.
Ao longo de 2020 e 2021 a série de conversas Histórias do Experimental dá a conhecer estudos singulares sobre episódios-chave do experimentalismo nas artes performativas entre a década de 1960 e hoje. Estruturada de forma transnacional, aborda vários contextos, procurando interrogar contaminações dramatúrgicas e estéticas. A partir dos arquivos, viaja-se assim entre diferentes geografias e tempos, conhecendo e discutindo inovações formais como a primeira black box na Europa, a disseminação da ideia de criação coletiva, o foco na interdisciplinaridade ou no processo em vez de no produto, procurando entendê-las política e esteticamente nos seus contextos de origem e questionando a sua operacionalidade hoje.
“O Outro Teatro” é um documentário de António Macedo, filmado entre outubro de 1976 e março de 1977. Rodado durante uma grave crise deste setor artístico, o documentário culmina com o registo de uma jornada na FIL, em 1977. Pelo meio da multidão presente no evento (dez mil pessoas demonstrando o seu apoio à luta dos trabalhadores do teatro independente) vê-se um balão a rodopiar. O teatro experimental em Portugal podia ser aquele balão, que paira entre tempos e pessoas, preso a uma mão desconhecida, interpretado segundo variantes referenciais, um balão tanto prestes a rebentar como a murchar. Há perguntas em torno do teatro experimental que são inevitáveis: que experimental tem sido esse ao longo dos tempos? Quais as suas estratégias e práticas informais? Como fazer uma historiografia ou retrospetiva histórica desocupando protocolos de verdade e dando visibilidade a supressões?
O experimental, libertado da sua utilização enquanto insulto, é um caminho para o entendimento do teatro enquanto ciência da intensificação. Assim, o teatro experimental revela-se num tempo ucrónico, aquele que se supõe nunca ter chegado a concretizar-se devido à sua constante mutação.