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07 Julho
A Defense of Two-Dimensionality

Fred Moten

Discurso
Programa Digital

Fred Moten ensina Black Studies, Teoria Crítica, Estudos de Performance e Poética no Departamento de Performance Studies da Universidade de Nova Iorque. É autor de In the Break: The Aesthetics of the Black Radical Tradition e da trilogia consent not to be a single being, entre outros. Em coautoria com Stefano Harney escreveu The Undercommons: Fugitive Planning and Black Study, A Poetics of the Undercommons e All Incomplete.

Organização Paula Caspão | Expanded Practices, Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
*O CET é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito dos projetos “UIDB/00279/2020” e “UIDP/00279/2020”
Comité Científico Peripatético Paula Caspão, Valentina Desideri

 

Tradução Francisco Silva, Nuno Cerqueira e Vitória Auer

Em relação com os temas que abordará na conferência, Fred Moten propõe um dueto de poemas: notas de ladrilhar, de forrar e notas de ladrilhar, de calcificar.

 

notas de ladrilhar, de forrar
Um rio é a agitação de um estúdio através da janela,
alçada pelo apoio tímido desde o fundo do poço e
   ruído, uma sala, uma cela iluminada da forma que
       as paredes se retiram entre palmadas de juba e ladrilhado,
  o padrão no fundo do rio, todo ele absoluto
e indiscernível a não ser que o percorras, no
     rio, enquanto rio, enquanto todo este tumulto giratório dos
 condenados e detidos, sous vide em segunda
  linearidade, desfilando neste forro da tuba
saindo da linha de fundo toda e contra si própria
 em cadência de nódoas negras e o sorriso
     da beatrice ao ver todas as nossas pequenas diferenças
  juntas na venérea área de coleta, na sua
          agitação seriada daquilo a que sabemos e sentimos,
  inseparavelmente. É que há tantas maneiras de
   seguir pelo caminho. A milagrosa
     influência chega em ondas delta de ramo floridiano ou
dupla fenda de mangue, gemidos de coahoma co.
  ou um oklahoming swingado – uma gap band ou uma falha na
 natureza meio a soar, afogar, queimar, este
  continuadamente caribenho estar em chamas do
   rio, de rio em rio ao canal e arrancado
     para outra porra de lugar que formamos na nossa
   reorientação lenape, a nossa delaware gap band, encaminhando
       geografia através de uma corneta de Sycorax que mapeia
   a cidade natural dentro e para fora da sua janela
    partida, cadência ainda a cruzar num estúdio móvel.
Sem nome, e a fazer ondas, e a abrir caminhos
é como soa: forrar, ladrilhar, gemer,
  sorrir, afogar, sangrar, arder, ver,
     enviar, a soar tal e qual o joseph daley,
o thurman barker, o dave holland, e o sam rivers.
notas de ladrilhar, de calcificar
                       ladrilho, ou borrão, como se
manchado ou pincelado, mas um corte
   de azul, carne cortada um vislumbre de
      azul para o trane,
                         no homicídio geral,
                   praticamente mudo para
 amadou diallo.
                                             tens de chegar
tão perto para ver o reflexo e o brilho
           chegas demasiado perto
                             para ver o clarão em chamas, ler
                                             o braille de tremor
   por entre o mar de entoação, éclat et clinger,
          e agarrares-te à firmeza
                       da nossa função de onda, uma claridade
                              de varredura a negro enquanto somos iluminados
                                     pela luz da madrugada com
                                           tamanha gravidade, um reunir
                                de matéria/uma matéria
                  de reunir a coroa rosa
                  de jack whitten, a trabalhar violentamente
       com derramamento, trabalho
                               feito de desfazer
                   um amor monástico de sequência
em lantejoulas, em espaço-tempo solene,
                      intermitente, cosido com o
              peso decorativo de edward witten e
                                   bill frank whitten.
                                   este rolo de tela retalhada, flagelada,
assemelha-se a ver com um filme. a superfície
            ferida, delineada, adora a planura com densa
    interpretação da personagem, mapeando aflita através de uma aérea
                   ligação de terra, ornamento lascado, abrasão
       microtonal uma vez mais. o arrastado discurso textural
de ladrilhar e tratar com cal, emma e emily
         a sussurrar, a precisa irregularidade
                      do gesto anamosaico, é um habitat
   de escolas numa árvore bessemer, um recife de coros
             e uma sombra com um laivo azul, gráfico
         suave que chegue para a tess e mais
                                e circundar. um totem é
            um teclado assombrado, e este engenhoso
            dispositivo mecânico é para que
possamos diferir em práticas elegíacas –
        pois a crítica é divergência
fundada e decifrar é
         a escala da separação.
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