Continuum
Autoria Félicie d’Estienne d’Orves
Música Éliane Radigue
Espacialização sonora Lionel Marchetti
Desenvolvimento do vídeo Guillaume Jacquemin
Luz Remi Godfroy
Produção executiva Olivia Sappey
Colaboração científica Dr. François Forget (Laboratoire de Météorologie Dynamique/CNRS), Dr. Dan McLeese (JPL/Caltech), Dr. William Rapin (Caltech), Dr. Mark Lemmon (Texas A&M University)
Produção Les Spectacles vivants − Centre Pompidou com a participação de DICRéAM/CNC e o apoio de Arcadi Île-de-France, STARTS residencies/Comissão Europeia, Biennale Chroniques, Le Fresnoy
Félicie d’Estienne d’Orves, artista multimédia cuja obra se centra na visão, nos seus processos e condicionamento, tem dedicado a sua pesquisa aos ciclos de luz e à relação entre espaço e astrofísica.
Continuum foi concebido como uma homenagem a Éliane Radigue, figura pioneira da música eletrónica, numa instalação audiovisual que combina a sua música com um filme que mostra um pôr do sol em Marte baseado em imagens captadas pelas sondas da NASA. A banda sonora escolhida foi “Koumé”, a terceira parte de Trilogie de la Mort, uma obra de Radigue inspirada no Bardo Thodol, conhecido no Ocidente como Livro Tibetano dos Mortos (no budismo tibetano, o “bardo” constitui o intervalo entre o nascimento e o renascimento, o despertar e o sono).
A paisagem marciana projetada evolui através de diferentes fases de cores, que se manifestam gradativamente no céu. O desenrolar das cores e o desenvolvimento quase impercetível da composição de Radigue enfatizam a perceção do tempo e do espaço como um contínuo em torno de uma ilusão cósmica: na Terra e em Marte o sol nunca se põe.