com BEE. The United Kingdom of Beeshas, Puta da Silva & Luiza Cascon
15 - 16 Maio
sábado e domingo NOVO HORÁRIO 11h
Classificação Etária:
A classificar pela CCEOrganização: Ana Rocha, Ana Rita Teodoro, Carlos Manuel Oliveira, Claraluz Keiser, João dos Santos Martins, Rita Natálio
Com: BEE. The United Kingdom of Beeshas, Puta da Silva & Luiz Cascon
Em residência com: Adriano Vicente, Alina Ruiz Folini, Bruno Caracol, Di Cândido, Filipe Pereira, Gisela Casimiro, Inês Neto dos Santos, Letícia Skrycky, Lula Pena, Quimera Rosa, Sara Vieira Marques, Vânia Doutel Vaz, Teresa Silva e Teresa Castro
Produção executiva: Claraluz Keiser/Associação Parasita
Imagem: Dayana Lucas
Coprodução: Associação Parasita e Teatro do Bairro Alto
Agradecimentos: Carlota Lagido, Francesco Rocca, Lucas Almeida, Manuel João Martins, Teatro Praga
A PARASITA é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes no biénio 2020—21
A CURADURA e o Teatro do Bairro Alto gostariam de pedir a todas as pessoas interessadas em assistir às Assembleias Polémicas Poéticas e ao Fogo Fricção para contribuirem com donativos para a campanha de recolha de fundos da Casa T Lisboa: http://bit.ly/casa-t-lisboa.
Curadura coabita e fermenta no TBA. Durante três semanas propõe-se um grupo de experimentos, estudos e convívio com artistas, pensadoras e disquinhos gelatinosos de kombucha e outras bactérias, para imaginar transversalmente o teatro enquanto espaço público de responsabilidade social. Curadura intercala uma residência artística contínua com uma série de Assembleias Polémicas-Poéticas ao fim de semana e momentos de Fogo/Fricção durante a semana, em que a pesquisa e as práticas da residência são abertas à visitação.
“Tal como o kefir, nós e todos os organismos de células nucleadas, desde as amebas às baleias, somos agregados, não apenas indivíduos”, dizia a bióloga Lynn Margulis. Curadura propõe-se olhar a performatividade a partir de uma duração expandida — do espaço teatral e das suas materialidades, do corpo desde a vida bacteriana e suas fermentações, de palavras e slogans como redomas onde se alimentam artificialmente “géneros” e “naturezas” ou, simplesmente, cultivando a atenção sobre as plantas. Propõe-se o teatro como lugar de relação descentrado da “visão”, espaço de partilha do que habitualmente não se vê, questionando os seus modelos de coletividade tantas vezes forçados. Indisciplinando as práticas, multiplicando temporalidades, e abrindo a experiência à indeterminação dos processos, quer-se problematizar as fronteiras políticas do teatro, transbordando-as.
PARASITA, associação criada em 2014 no concelho de Santarém, funciona como uma cooperativa de artistas que partilham recursos e objetivos num ambiente em que a dança se torna cada vez mais um suporte fluído, cruzado por estudos práticos e teóricos, práticas expandidas, discussões sobre fronteiras entre fazer e curar, problematizações da responsabilidade cultural dos artistas e agentes conexos.
Adriano Vicente (Lisboa, 1991) é bailarino e performer. Iniciou a sua formação em dança, em 2007, no Quorum Academy, em 2013 integrou o curso PEPCC do Fórum Dança, em Lisboa, que abandonou para ingressar na P.A.R.T.S., em Bruxelas. Colaborou em diferentes projetos, dos quais Dawn (2016) de Marten Spanberg, Louisianna e The Olympics de Nikima Jagudajev, 2018 de André e. Teodósio, Xtraordinário do Teatro Praga, em 2020 apresentou a solo a peça “Coreografia” de João dos Santos Martins. Além destes trabalhos, colabora ainda com o DJ Audiopath num projeto que tenta aliar a música electrónica, a dança e o corpo.
Alina Ruiz Folini (Argentina) é artista, bailarina e pesquisadora. Seu trabalho se move entre dança, coreografia, escrita e práticas curatoriais e foi apresentado em Brasil, Uruguai, Chile, Argentina, EUA, Espanha, Portugal, entre outros. Mestre em Práctica Escénica e Cultura Visual – Museu Nacional de Arte Reina Sofía. É diretora artística de ARQUEOLOGÍAS DEL FUTURO em Buenos Aires. Co-cria Projeto TÁCTIL com Leticia Skrycky.
Ana Rita Teodoro é uma coreógrafa pluridisciplinar. A base do seu trabalho repousa na ideia de uma “Anatomia Delirante”, que procura extrapolar temporalidades, matérias, texturas, formas, cores, temperaturas e funções do corpo humano convencionado. Criou as peças MelTe, Orifice Paradis, Sonho d’Intestino, Palco, Assombro,Your Teacher, please e FoFo. Colabora com diferentes artistas em projetos pontuais na área da dança, da performance e da música.
Ana Rocha (Porto) uma espécie de canivete suíço na área cultural e artística há 20 anos. Estudou História da Arte, Arte Contemporânea e Artes Visuais. Codirigiu e fundou a MEZZANINE. Participou em TRANSLOCA, CAREWhere?\CAREZINE, TanzKongress’19. Desenvolve o seu próprio trabalho artístico. Colabora com Renan Martins, Meg Stuart, Phillipe Quesne, entre outros. Faz mediação e programação cultural (TAMANHO M, XXATENEUXXI, Cultura em Expansão, To School Out of School). Associada do Ateneu Comercial do Porto. Colabora com Sekoia, entre outras estruturas. Foi membro da Ação Cooperativista. Cofundadora da LAVACURA.
BEE. The United Kingdom of Beeshas parte da ideia de colmeia e aqueerlombamento artístico, para polinizar ideias, ressignificar linguagens, abrir as portas para novas linguagens onde corpos negres queer são responsáveis por suas próprias narrativas, por interagir coletivamente por meio da arte, da festa, do cuidado. Se as abelhas sumissem da face da Terra, a humanidade teria apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, sem animais não há vida. Sem vida, não há beeshas. Sem beeshas, não há festa, não há cultura, não há fervo!
Bruno Caracol (1980) fez parte da Cantina Cooperativa, entre outras cozinhas associativas; com o coletivo AFAVA foi cozinheiro residente em projetos como Almar em Almada, Hallo Festspiele em Hamburgo e Floating University em Berlim. Está interessado na forma como a comida afeta o nosso organismo e o povoa de outros, por meio da germinação e fermentação.
Carlos Manuel Oliveira é coreógrafo, performer, e investigador. Dedica-se à crítica da relação entre a coreografia e a dança, bem como aos modos de existência do conhecimento que lhes estão associados, através de projetos vários de investigação, curadoria e criação artísticas, individualmente e em coletivo.
Claraluz Keiser é produtora cultural, geógrafa e urbanista. De origem multicultural e multissetorial, atuou em diferentes projetos (desenvolvimento rural e urbano, festivais, investigação, projetos culturais e artísticos, urbanismo participativo) no Brasil, França, Portugal, África do Sul, EUA e Índia. Atualmente, é produtora executiva da associação Parasita e cofundadora da Rizoma Cooperativa Integral.
Di Candido aka DIDI é Pesquisador, Produtor Cultural, DJ e Performer. Idealizador dos projetos Bee. e House of DiDi, seu percurso conversa com temas relacionados à (re) territorialização coletiva, identidade, ativismo e performance antirracista, na produção cultural e artística queer de artistas negres em Diaspórica por Portugal.
Filipe Pereira é coreógrafo, bailarino e designer floral. O seu trabalho tem-se desenvolvido a partir de uma reflexão sobre a hierarquia dos dispositivos nas artes cénicas, dispersando a coreografia para os diversos elementos constituintes de um espetáculo, como a luz e a cenografia.
Gisela Casimiro (Guiné-Bissau, 1984) é uma escritora, artista e ativista portuguesa. Publicou Erosão (poesia, 2018, Urutau) a título individual e fez parte de antologias como Rio das Pérolas (poesia inédita, Ipsis Verbis, 2020) e Venceremos! Discursos escolhidos de Thomas Sankara (tradução, Falas Afrikanas, 2020). Nos últimos anos assinou crónicas regulares no Hoje Macau, Buala e Contemporânea. Participou ainda em exposições no Armário, Zé dos Bois, Balcony e Museu Nacional de Etnologia. Dirige o departamento de Cultura do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal.
Inês Neto dos Santos, mestre em Comunicação Visual, Royal College of Art 2016, é artista multidisciplinar. A sua prática situa-se entre a performance e a instalação, utilizando comida, pessoas e espaços como metáforas e estímulos para gerar discussão e diálogo, em torno da sustentabilidade, narrativa, união e colaboração.
João dos Santos Martins (Santarém, 1989) é artista. A sua prática distribui-se em múltiplas colaborações, experimentando entre formatos vários como a coreografia, a curadoria, a edição e a investigação.
Leticia Skrycky (Montevidéu, 1985) é designer cênica e criadora. Tem desenvolvido o seu trabalho principalmente na área da performance e dança contemporânea. Tomando a iluminação como ponto de partida, ela investiga práticas de colaboração e cocriação entre humanes, não-humanes, e linguagens no palco. É colaboradora de váries artistas como designer e diretora técnica, e realiza peças em cocriação com distintes colegas. leticia-skrycky.tumblr.com
Puta da Silva, multiartista afrotravesti goiana, é formada em teatro pela Universidade Federal de Uberlândia e mestre em teatro pela ESTC/ Escola Superior de Teatro e Cinema, Portugal. Foi produtora e curadora do Movimento Cultural O Olho da Rua da companhia Acazô. Dirigiu o espetáculo Benedites da companhia Ocupa Teatro. Dirigiu e atuou em diversas outras obras no teatro, televisão e cinema. É criadora e uma das fundadoras da Associação Casa T Lisboa (Centro de acolhimento, sociabilização e autonomização transvestigenere ). Em 2021 lançará E.P.I Travesti (Equipamento de Proteçāo Individual Travesti), seu primeiro álbum audiovisual, composto por 7 videoclipes. Realizado em Lisboa, conta com a participação de artistas imigrantes. O álbum já possui duas obras publicadas e indicadas para importantes festivais de música e vídeo.
Rita Natálio é artista e pesquisador. Lésbica não-binária. Os seus espaços de prática relacionam poesia, ensaio e performance. Doutorando em Estudos Artísticos na FCSH-UNL e Antropologia na USP, com bolsa FCT, pesquisa o recente debate sobre o conceito de Antropoceno e o seu impacto sobre a redefinição disciplinar e estética das relações entre arte, política e ecologia. A partir da sua pesquisa doutoral, realizou uma série de conferências-performance, entre elas Antropocenas (2017) com João dos Santos Martins, Geofagia (2018) e Fóssil (2020).
Sara Vieira Marques é artista, desenhadora cénica e performer. Encontra-se atualmente a finalizar o seu filme/tese em Antropologia-Culturas Visuais, aprofundando uma prática que se move nos campos das artes visuais, antropologia, filosofia, cinema e instalação. Mantém duradouras colaborações artísticas com o encenador João Pedro Vaz e com o coreógrafo Gustavo Ciríaco.
Vânia Doutel Vaz dança há 31 anos. Desenvolveu e apresentou a sua prática pela Europa, África, América do Norte, Médio Oriente, Austrália e Nova Zelândia. Tanto a nível pessoal como profissional, Vânia estabelece-se como performer, numa constante e contínua pesquisa sobre identidade.
A primeira assembleia da Curadura é organizada em colaboração com o projeto BEE., colmeia/queerlombo criativo e unidade de acolhimento, suporte, visibilidade e resistência dos artistas queer negres da cena lisboeta em forma de festa. É uma reverência à cultura Ballroom e aos ritmos afrodiaspóricos, do Vogue ao FUNK, do Carnaval ao Funaná, do R & B ao dancehall e tudo aquilo que o beat nos levar.
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